terça-feira, 30 de abril de 2013

Bússola. Quatro artigos para ler e refletir



O Congresso x o STF
Peso e contrapeso. A mídia na cobertura da “crise dos poderes”

POR EDGAR LEITE, VIA OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA

Há um “jogo” competitivo entre os poderes da República. A divergência, que se tornou política, entre Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF), abriu “às claras” que existe uma crise de identidade entre os poderes no país. Dá para desconfiar que o STF, em vez de Justiça, quer fazer política. O Congresso, em vez de política, quer fazer Justiça. Durante toda a semana, os grandes jornais, só para citar como exemplo, O Estado de S.Paulo e Folha de S.Paulo, trouxeram à tona a falta de consenso e contrapeso, a disputa muito mais política, entre Congresso e STF.

Nota-se que a imprensa fez questão de, mais uma vez, colocar como um dos pontos centrais da discussão o nome da presidente Dilma Rousseff (PT) garantindo que a chefe maior da nação será a principal beneficiada, por exemplo, com a decisão de liminar a criação de partidos. Em meio a todo esse caos gerado pela crise entre os poderes, a Reforma Política, que poderia garantir ou rejeitar o financiamento de campanha, não é votado. Pior: nem sequer abordado na mídia. Leia mais.


A fé no dinheiro
Mercado, consumo e um imenso negócio chamado religião

POR PAULA ADAMO IDOETA, VIA BBC BRASIL

É um grupo cada vez mais numeroso e com sede de prosperar e consumir. O crescimento dos evangélicos no Brasil, em especial no ramo pentecostal, provocou mais do que mudanças religiosas: fortaleceu um mercado econômico, que chama a atenção tanto de igrejas como da iniciativa privada.

De seu lado, as igrejas criaram estratégias de negócios. Algumas desenvolveram estruturas empresariais e planos de carreira; outras lançaram até cartões de crédito. E diversas montaram grupos e reuniões em que estimulam os fiéis a abrir negócios próprios e sanar suas finanças, com base na Teologia da Prosperidade - movimento que prega o bem-estar material do homem.

"A igreja é um local de ritos, mas hoje também um espaço de trocas e bens simbólicos", diz Leonildo Silveira Campos, do departamento de Ciências Sociais e Religião da Universidade Metodista. Leia mais.


Confissões de um repórter
Ditadura, TFP, Opus Dei. O lado escuro da Folha de S. Paulo

POR DEMI AZEVEDO, VIA CARTA MAIOR

Em 1970, a redação da Folha, no quarto andar de um prédio da Alameda Barão de Limeira, centro de São Paulo, era espacialmente dividida entre os jornais Folha de S.Paulo, Folha da Tarde e Última Hora e por policiais do DEOPS e do DOI-CODI. Eles espionavam diariamente os jornalistas e os colaboradores. Seguiam de perto, de modo especial, o jornalista Samuel Wainer, que havia negociado o jornal Ultima Hora com Otávio Frias de Oliveira. “Eles acompanham todos os meus passos e censuram as minhas informações”, queixou-se comigo Wainer, quando entrei na sua pequena sala para lhe propor uma pauta. “Eu posso ser preso a qualquer momento”, desabafou.

A cessão de veículos da Folha para os órgãos da repressão da ditadura é coerente com o compromisso dessa empresa com forças da direita. Sempre foi muito forte, por exemplo, a relação entre a Folha e a TFP (Tradição, Família e Propriedade,) uma organização de extrema direita, dirigida pelo advogado Plinio Corrêa de Oliveira. Outras organizações com as quais a Folha sempre manteve um bom relacionamento são a Opus Dei e a UDR (União Democrática Ruralista). Leia mais.


A informação agora é sua
A web se tornou uma rede de apps, e o que muitos temiam, aconteceu

POR SILVIO MEIRA, VIA TERRA MAGAZINE

 A informática que você usa passou a andar com você. antes, ficava num balcão, bancada ou mesa [isso era no tempo dos PCs]. e, muito antes, ficava fora de seu campo de visão, lá  no que se chamava CPD, ou centro de processamento de dados, que hoje atende pelo nome de datacenter. e a informática que anda com você são tablets e smartphones, e não, em sua maioria, PCs [laptops e netbooks]. e isso tem consequências, boas e nem tão boas assim.

O que deveria ser a web móvel se tornou uma rede de apps. E o que muitos temiam, a fragmentação da rede numa infinidade de serviços que interagem de forma muito precária, mesmo que seja para trocar informação elementar, aconteceu.

Isso criou uma oportunidade gigantesca: é hora de repensar os princípios de desenho e implementação da infraestrutura, serviços e aplicações que fazem a rede, para fazer com que tudo passe a estar de fato em rede, em modo social e podendo ser combinado de muitas formas, sem passes de mágica e truques de implementação e onde, ainda mais, cada usuário passe a determinar o que pode ou não ser feito com a sua informação. Até porque, afinal, ela é sua e o representa online. Leia mais.

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