19 anos sem o brasileiro
Nas pistas e fora delas, documentário faz justiça
a um grande piloto
Há 19 anos, neste 1º de maio, Senna morria na
curva Tamburello, em Ímola. Do diretor britânico Asif Kapadia (que prepara um sobre
Amy Winehouse), o documentário foca a carreira do piloto na F1 entre 1984
e 1994, com destaque para a rivalidade com o francês Alain Prost e suas rusgas
com o então presidente da FIA, o também francês Jean-Marie Balestre. A produção
traz várias cenas inéditas dos bastidores da categoria, como reuniões entre
os pilotos e dirigentes.
Com imagens de arquivo da família Senna e vários depoimentos,
a documentário tem a participação do jornalista Reginaldo Leme, que cobre a F1
desde a década de 70, e narrações de algumas corridas por Galvão Bueno. Também,
da dupla da BBC, o ex-piloto James Hunt (comentários) e Murray Walker
(narração).
Para mim, que acompanho a F1 desde os anos 70, apesar
de um grande driver, Senna foi muito mais um carismático, nunca “o maior piloto
de todos os tempos”, Vi o acidente ao vivo, como também me lembro que 1984 poderia
ser o ano de seu eclipse. Shumacher, na Benetton, já havia meio que forçado a
aposentadoria de Piquet, que nunca foi bobo, e dava sinais de que iria engolir
Senna numa Willians que não entregou o carro que ele queria, promessa
que o fez deixar a McLaren pela equipe de Sir Willians.
Razão da troca? Por uma
verdade inconveniente para os “sennistas”. Nunca foi um bom acertador de carros,
como Piquet. E a Willians do ano anterior à sua morte foi o melhor bólido
da temporada. Mas é inegável que triunfou como piloto. Ainda que às vezes
ufanista, o documentário faz justiça a Senna.
No Netflix. Quem não assina, pode experimentar um mês de graça. O link direto para o filme.
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