Roberto e Rupert: qual a diferencia?
Globo e etc x News Corp
Sem o mesmo talento, nossos barões
da mídia são piores que Murdoch
POR PAULO NOGUEIRA, VIA DIÁRIO DO CENTRO DO
MUNDO
Livros,
artigos, documentários acabaram me tornando quase que um especialista em Rupert
Murdoch, o australiano que comanda um dos maiores impérios de mídia no mundo.
Vejo,
aqui e ali, tentativas de comparar Murdoch a alguns dos barões de imprensa
brasileiros. (Eu próprio, certa vez, estabeleci alguma conexão entre Murdoch e
Roberto Marinho.)
Mas
a verdade é que qualquer comparação com os barões brasileiros é injuriosa para
Murdoch, com todos os defeitos que ele possa ter.
Murdoch
ergueu seu império de mídia – Fox, Fox News, Times de Londres, Sun, Sky, entre
outras marcas – porque é um empreendedor brilhante e também por ter um faro
jornalístico raro.
Só
isso já o distinguiria dos barões brasileiros, que nunca se notabilizaram nem
pela excelência como empreendedores e nem pelo talento jornalístico. Leia mais.
liberté…
mas nem tanto
A dinâmica dos negócios na internet e os riscos de o governo
atrapalhar
POR
SILVIO MEIRA, VIA TERRA MAGAZINE
Imagine
que a Oi decidisse vender o iG e o governo brasileiro entrasse no jogo,
proibindo a transação. A Oi vendeu o IG ano passado para o grupo português
ongoing, que também é dono do jornal Brasil Econômico. O governo brasileiro,
que tem 13% da Oi, via BNDES [e bem mais via fundos de pensão], nem se
manifestou. O CADE aprovou a transação com restrições mínimas. Outro grupo que
estava interessado no iG era o Yahoo e, se a transação tivesse sido feita com
eles, é quase certo que o governo também não estaria nem aí.
E
nem deveria estar, porque a dinâmica de negócios na web não tem muito a ver com
o que o governo deveria estar acompanhando em tanto detalhe e tentando, como
quase sempre acontece quando o governo está muito perto, atrapalhar. Leia mais.
Geração do desemprego
Jovens sem trabalho nos emergentes somam 262 milhões, quase um EUA
THE ECONOMIST
"Os jovens não deveriam
ser ociosos. É muito ruim para eles", disse Margaret Thatcher em 1984. A
Dama de Ferro estava certa. Há poucas coisas piores do que a sociedade deixar
seus jovens no limbo. Aqueles que começam suas carreiras no desemprego são mais
propensos a ter salários mais baixos.
No entanto, nunca tantos jovens viveram tanto tempo no ócio.
Dados da OIT (Organização Internacional do Trabalho) mostram que, nos países
desenvolvidos, 26 milhões com idade entre 15 e 24 anos não têm emprego,
educação ou treinamento, crescimento de 30% desde 2007. A OIT informa ainda que
75 milhões de jovens em todo o mundo estão procurando emprego. Já levantamento
do Banco Mundial é ainda mais caótico. Revela que 262 milhões de jovens dos
países emergentes são economicamente inativos. Dependendo de como você mede os
dados, o número de jovens sem emprego é quase igual à imensa população dos EUA
(311 milhões de pessoas). Leia mais.
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